Na
sua função de escola que emprega a cidadania, a EEEP Lysia Pimentel
Gomes abraça a campanha contra a violência sexual de crianças e
adolescentes. Sabemos que a maioria dessas práticas ocorre dentro do
próprio âmbito familiar da vítima, que permanece calada por ser
ameaçada pelo seu agressor. As violências ocorrem em dois contextos
sociais: extrafamiliar, e intrafamiliar. A extrafamiliar, geralmente
é feito por adultos desconhecidos ou que fazem parte do seu ambiente
de convívio. A intrafamiliar é praticada por membros da família:
genitores, avós, tios, primos, irmãos, cúmplices de um dos
genitores. Muitos desses casos não são registrados por medo, por
falta de informação ou por falta de setores especializados nesse
assunto. As vezes que estes são registrados, as vítimas recebem os
primeiros atendimentos e depois são liberadas, não tendo um apoio
psicológico, levando para casa marcas no corpo e na mente que
consequentemente poderão influenciar nas suas escolhas e no seu
comportamento. Conhecer, saber identificar e notificar as
manifestações de violência que afetam crianças e adolescentes é
fundamental para oferecer cuidado e proteção social a esses jovens.
Quanto
mais consistentes forem os vínculos entre família, escola e
comunidade menor o risco de vulnerabilidade social.
Indicadores
físicos
Roupas rasgadas ou manchas de sangue; hemorragia vaginal
ou retal; secreção vaginal ou peniana; infecção urinária;
dificuldade para caminhar; gravidez precoce; queixas constantes de
gastrite e dor pélvica; hematomas, edemas e escoriações na região
genital e mamária; DST’s.
Indicadores
comportamentais
Mudança brusca de comportamento e humor (não quer
comer, come demais, apatia e agressividade); sono perturbado,
pesadelos frequentes, suores, agitação noturna; masturbação
visível e continuada; timidez em excesso; tristeza ou choro sem
razão aparente; medo de ficar sozinha com alguém ou em algum lugar;
baixa auto-estima, estado de alerta constante, dificuldades de
concentração, fuga da realidade; interesse precoce por brincadeiras
sexuais e /ou eróticas; condutas sedutoras; relatos de agressões
sexuais; dificuldade em adaptar-se à escola; aversão ao contato
físico; comportamento incompatível com a idade (regressões);
envolvimento com drogas; autoflagelação; culpabilidade; fuga de
casa; depressão crônica e tentativa de suicídio.
É
dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão.
Artigo
227 da Constituição Federal.
CAMPANHA QUEM CALA, CONSENTE.